Casa da insensatez
Antonio Miranda Fernandes
Na casa da insensatez
As janelas e portas ficam entreabertas
Nem abertas de par em par
Nem cerradas de vez
É o esconder da avestruz
Sempre foi assim na casa da insensatez
Pelas brechas, frinchas e vãos
Entram réstias tímidas de luz
Meias verdades rentes ao chão
O anonimato covarde de quem fez
A violação sem razão
Será sempre assim na casa da insensatez