Fantasia

Os ventos da noite arrancaram folhas das árvores
Que vieram cobrir o remanso das horas.

Desnudas as árvores sibilaram acalantos
Para me embalar, mas eu não adormeci.

Pela manhã os gravetos encravados no chão
Vibravam tal qual diapasão em crescendo agudo...
Assim como os meus desejos...

Contudo a calmaria se fez finalmente no bosque fulvo,
Mas a turbulência era ainda em mim...

Enlouquecido fiz-me vendaval...
O teu vestido, na minha fantasia, se fez em folhas...

Então... Encantado... Extenuado... Alagado...
Fui abandono e submergi.