Fiapo de tristeza
Antonio Miranda Fernandes


No retāngulo de poente diante de mim
A tarde mergulha num crisol
Para fundir ansiedades e acender as estrelas.

Um navio carregado de melancolia se arrasta,
A deixar fiapo de tristeza na alma da gente.

Os telhados das casas molhados pelo rocio,
Assim como o olhar é umedecido pela saudade,
Esperam que, pelo menos, uma estrela
Se alumie sobre cada um deles.