Quem sabe...
Antonio Miranda Fernandes
Adormeci e sonhei que tu existias.
Que colhi poemas no íntimo de mim,
Para oferecer-te.
Ficaste encantada ao ouvir-me,
De peito aberto,
Cantar-te o meu avesso.
Mas qual o quê!
Ao acordar vi que só os meus versos
Eram reais.
Maldade da realidade...
Nada além de lágrimas e cicatriz.
Devagar sigo no meu cansaço
Em busca do sono,
Que me faça sonhar mais.
Quem sabe reencontrar-te?
Recomeço,
Abraço,
Beijos pra amenizar a saudade,
Mesmo em fantasia...
Que importa se nela fui feliz?
Quem sabe...